domingo, julho 17, 2016

Aniversário

PALADINO 70 ANOS - Parte ll

Família Soares e o Paladino

A família Soares está na sua terceira geração de paladinenses. Seu Zeferino, o patriarca, a segunda representada por Clóvis e a terceira pelo Paulo Moacir. Zeferino, um ícone do clube, foi dirigente e torcedor fanático pelo clube.
Seu Zifa, como era conhecido, deixou sua marca, ao ser presidente em 1963. Durante sua trajetória no futebol, foi marcado pela famosa frase: “Quem não é do Paladino é contra o Paladino”, ao invadir um campo e reclamar da arbitragem.  Paulo Moacir Soares, neto de Zeferino é atualmente dirigente do clube e é representante da terceira geração no clube.
Das lendárias histórias do Seu Zifa, o neto Paulo Moacir, relata que estava por acontecer uma final do campeonato citadino. Um clássico AL-PAL (Aliança e Paladino). O arbitro deste jogo seria um militar. Acontece que o referido era viciado numa carpeta. A noite, perdeu tudo no carteado. Por volta das seis horas e meia da manhã, bateu na casa de um alfaiate e de lá ambos se dirigiram a casa do Seu Zifa. Onde, o militar (designado a apitar o clássico a tarde) relatou o que havia acontecido e que necessitava de dinheiro, pois a noite deveria embarcar a Porto Alegre.  Seu Zifa foi direto e logo indagou quanto precisava para amolecer o jogo para o Paladino. Então, o referido árbitro solicitou a quantidade suficiente para a diária e alguma coisa para o jogo. Tudo acertado. Às 16 horas da tarde estava ele em campo para mediar o clássico. Passados 30 minutos, o Aliança já contava com três atletas expulsos. E o jogo continuava com muitas faltas marcadas contra o Aliança. É claro, que o vitorioso foi o Paladino, tanto que o mesmo teve que ser escoltado pelos vitoriosos ao final do jogo até a rodoviária, local de seu embarque para evitar complicações.
A rivalidade entre o Paladino e o Aliança, era grandiosa. As torcidas desciam a Avenida Borges de Medeiros, uniformizadas, portando bandeiras, fazendo festa até a beira do Rio Pessegueiro, local do Estádio da Baixada. Clássico é clássico, muita rivalidade, é claro, o coração bate mais forte, por vezes alguns mais exaltados. Às vezes confusões dentro e fora do campo. Era clássico. Fazia parte do contexto. Mas, tudo era dominado. O clássico continuava.
Ainda, relata Paulo Moacir Soares, que o  Paladino tinha formado a “Ala Feminina”, com 15 moças, Assim,  como a  diretoria, acompanhavam o time na entrada em campo. Usavam um bonito uniforme: blusa vermelha, saia  e tênis brancos  (as cores oficiais do Paladino). Eram as Paladinetes. 
Perguntado sobre quem foi o melhor atleta que viu atuar, Paulo não teve duvidas ao responder destacando  Lotário Dreyer,  conhecido no mundo do futebol como Patrola. Relata que foi um atleta muito habilidoso, pois,  era detentor de boa qualidade técnica. 

Na foto abaixo, de 1957, em amistoso entre Paladino x Inter/POA, à esquerda aparece a ala feminina uniformizada do Paladino.


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