quinta-feira, outubro 27, 2011

Publicação

Lançado livro que conta histórias sobre o futebol de Santa Rosa.(Fotos)



No último sábado,22, ocorreu em Porto Alegre, o lançamento da obra do santa-rosense, radicado na capital, João Jayme Araújo, intitulada: Baú de Relíquias - A Bola Não Para. De forma especial, o autor lembra os fatos e historinhas do futebol da época, plena de feitos jocosos em que embalaram os mometos felizes no tempo de juventude na sua terra natal.
Não apresentação do livro, a Historiadora e Professora Teresa Christensen, relata: "João Jayme Araújo nos presenteia com um dos relatos mais cativantes que existe, a memória afetiva do futebol, através da escrita de pequenas histórias repletas de n
ostálgicas lembranças, de camaradagens, de grande craques que, com o passar do tempo e de tantos jogos, foram esquecidos."


Clique sobre foto acima para ver mais.

Portanto, a obra de Jayme, é de leitura e entendimento fácil. Resgata nos tempos idos do nosso futebol, aquilo que talvez poderia perder-se no tempo, sem que fossem registrados os fatos.
O livro ainda é prefaciado pelo, também santa-rosense radicado na capital, o premiado jornalista Carlos Albeto Kolecza. Diz: "É um livro sobre a história do nosso futebol. Alguém tinha que contar essas coisas antes de caírem no esquecimento. "
Tudo começou, quando, via internet, conhecemos o Jayme, coisas que esta ferramenta moderna
proporcina . Em agosto de 2010, recebemos um e-mail, dando conta de que havia descoberto o blog do Juventus. Bem recebido, não paramos mais. Como disse o Kolecza, na época: "abriu a porteira do túnel do tempo para o passado do futebol de Santa Rosa." Entusiasmado Jayme, nos municiava com farto material escrito e muitas fotos, para que semanalmente fosse para o blog. Espontaneamente surgiram vários colaboradores, que com Link benevolencia colaboravam. Até que, surgiu a idéia, para que ficasse registrado em livro. E foi o que aconteceu. Jayme dedicou-se de corpo e alma na formatação da obra. Ela aí está, como um filho gerado com muito amor.
O lançamento do livro - BAÚ DE RELÍQUIAS - A Bola Não Para - aconteceu no dia 22, no Encontro de santa-rosenses, anualmente realizado realizado em Porto Alegre, desta vez no Hotel Continental . Em tempo: Jayme foi fundador e atleta da primeira equipe do Juventus AC. Parabéns ao Jayme e nosso forte abraço.

Veja onde o livro aparece, na internet:
segundona gaúcha.com
correiodopovo.com.br
SANTA ROSA - amor eterno

Astros da Terra


ARGÉLICO FUCKS - ARGEL




Nasceu em Santa Rosa, na Vila Jardim Petrópolis e cresceu na Vila Sulina. Iniciou no Cruzeiro da Vila Sulina, Fluminense da Rua Caxias e no Frigorífico Prenda. Atuou pelo Dínamo em 1989. Filho de Argemiro e Marlene Fucks, em 1990 foi levado ao Inter pelo próprio pai.

Aprovado no teste, dois meses depois foi convocado para a Seleção Brasileira Infantil, posteriormente Juvenil e Juniores. Em 1992 profissionalizou-se. Foi Campeão da Copa do Brasil com o Inter. Em 1993 e 1994, foi Campeão Gaúcho.

Em 1993 campeão mundial de juniores aos 17 anos na Austrália. Faziam parte do elenco, Dida, Catê, Jan, Juan, Marcelinho Paulista, Adriano entre outros. Em 1995 foi vendido para o Verde Kawasaki do Japão, onde jogou por 2 anos.

Adquirido pelo Santos em 1998, tendo jogado nesse ano e no de 1999. Posteriormente, foi para o Porto de Portugal. Em 2001, deixou a PARMALAT e veio para o Palmeiras, permanecendo por dois anos.

Transferiu-se para o Benfica de Portugal onde jogou por 5 anos Daí, foi para o Racing Santander, da Espanha. Voltou para o Brasil, jogando no Cruzeiro de Belo Horizonte por um ano. Em 2007 na China no Green Town. Encerrou a carreira em janeiro de 2008. Em sua carreira de jogador de futebol atuou em nove clubes.

Aos 33 anos de idade, com problemas no joelho, virou treinador, como sempre sonhara, desde os 20 anos, para quando parasse. Como treinador exerceu esta função, no Mogi Mirim, subindo para a 1ª divisão.

No Guaratinguetá subiu para a serie C. No Caxias – foi a final com o Internacional. Depois, para o Campinense da Paraíba; S. José de Porto Alegre; Criciúma. Levando este para a Serie B do Campeonato Brasileiro; Guarani de Campinas e Botafogo de Ribeirão Preto.

Argélico Fucks, ou simplesmente Argel, para o futebol, sempre foi conhecido pelo jeito viril em campo. Zagueiro de pouca técnica e muita raça, conquistou as torcidas de Internacional, Palmeiras e Santos.

Por se considerar um zagueiro nornal, diz que usava mais a cabeça - e a garganta - para jogar, o que tornou para a transição do trabalho de técnico quase natural.

"Eu sempre fui mais treinador que jogador. Como jogador, fui normal. Mas, a minha força estava na cabeça e nãpo nos pés" - diz Argel.

Tiradas famosas: “Eu sou simples. Dou liberdade para o jogador e cobro responsabilidade”

“Não quero jogador para meu genro. Quero que ele se comporte como profissional”

“Não sou a favor de psicólogo no futebol. Time de futebol não é clínica. Quem tiver algum problema, que procure uma clínica.”

Títulos como jogador:

Internacional: Campeonato Gaúcho - 1992, 1994 e Copa do Brasil - 1992

Santos: Copa Conmebol - 1998

Porto: Campeonato Português - 1999/00, Supertaça Cândido de Oliveira - 2000/01 e Taça de Portugal - 1999/00

Palmeiras: Copa dos Campeões (CBF) - 2000

Benfica: Taça de Portugal - 2003/04

Voltou a exercer as atividades de técnico, em agosto na SER CAXIAS, de onde já saiu. Criciúma-SC Acesso à Série B do Brasileirão - 2010 Caxias-RS Final do Campeonato Gaúcho - 2009 Mogi Mirim-SP Acesso à elite do Estadual - 2008 Benfica (Portugal) Campeão Taça de Portugal - 2003/2004
Campeão Português - 2004/2005. Palmeiras-SP Campeão do Rio-São Paulo - 2000
Campeão da Copa dos Campeões - 2000 Porto (Portugal) Campeão da Taça de Portugal - 1999 Santos-SP Campeão Sul-americano - 1998
Bola de Prata - Brasileirão de 1998 (melhor zagueiro) Verdy Tokio (Japão) Campeão Japonês - 1996 Internacional-RS Campeão Gaúcho - 1992
Campeão da Copa do Brasil - 1992 Seleção Brasileira Atuou em quatro jogos pela Seleção Brasileira principal - 1995
Campeão de Junior (Austrália)

Fonte: futebolinterior - Wikipedia - Argelico Fucks

Publicação

Livro conta a história do Atlântico de Erechim

Colaboração de Milton Harvey Schwerz - Giruá

Recebi, dia 26, ontem, um livro referente a toda história dessa entidade esportiva, obra escrita pelo Sr.Fernando Hervé Calliari.
Como em todas comunidades gaúchas, lá em Erechim também os Clubes apresentavam dificuldades financeiras, algums desaparecendo e outros surgindo, idêntico ao ocorrido aqui em Giruá.
Esse clube de futebol de campo, fundado em 03.02.1937, durante a reunião de formação, foi sugerido 3 nomes ao novel clube: Brasil, América e Atlântico, vencendo o atual nome por 5 votos contra 3 de cada um dos outros 2 nomes, sendo assim redigido: Atlântico Foot Ball Club. Por quê esse nome saiu vencedor? Pelas dificuldades que os imigrantes italianos tiveram ao enfrentar o Oceano Atlântico para se fixar aqui no estado.
Seu primeiro presidente foi José Viero e as cores do novo clube, evidente que deveriam ser vermelha, verde e branco, como se viu no amistoso aqui de Giruá ante o esquadrão da Morada do Sol, campeão do Interbairros de 2010.
Sua primeira formação: Jandir Cechet, Eddye Matevi, Atilio Calliari, Alberto Dal Zot, Machiavelli, João Francescheto, Petronio Faccin, Joaquim Lemos, Domingos Viero, Modesto Caldart e Hilário Balvedi.
A origem desse clube de futebol, foi a SOCIETÁ ITALIANA DE MUTUO SOCCORSO XX DE SETEMBRE, fundada em 1915, a fim de socorrer os imigrantes chegados à Boa Vista do Erechim.
O primeiro jogo oficial da equipe foi em 29.08.1937, contra o Germânia com vitória de 3x0.
O campeonato municipal era formado por 4 equipes: Ypiranga, Germânia, 14 de Julho e o Atlántico e já no primeiro ano de atividades, sagrar-se-ia campeão da cidade. Finalizando o ano, o Atlântico realizou um amistoso ante o Veterano de Carazinho, vencendo pelo placar de 3x1.
Em 1938 o Atlântico sagra-se bicampeão municipal e para comemorar o feito, foi convidado como paraninfo o EC.Cruzeiro de Porto Alegre, sendo goleado por 5x1. Veio o tri em 1939 e o tetracampeonato em 1940. Em 1941 o clube constrói seu primeiro estádio, tendo como 'padrinho' o SC.Internacional de POA, derrotados pelo placar elástico de 11x3.
1971, o Atlântico é convidado pela FGF a fazer parte da 1ª divisão, junto com seu arquirrival, o Ypiranga. O famoso Atlanga, clássico local, foi parar no cenário gaúcho.
Campeonatos conquistados:
Erechim - 1937 a 40 ; 1942 a 44 ; 1946 a 48 ; 1954 a 57 ; 1959 a 65(hepta)
Regional - 1942, 48, 54 ; 1958 a 62(penta) e 1974
Estadual - Vice campeão nos anos: 1948, 54, 61 e 62.
Estatística geral nas competições oficiais: 760 jogos, 435 vit, 138 emp, 187 derrotas, 1942 GP e 1114 GC; uma contabilidade positiva.
Em 1977 o clube suspende em definitivo sua participação no futebol.
Em 1983, o estádio se transforma em uma área de lazer e esporte, definida pela AGE de 02.05.1984 e inicia-se a venda de títulos do clube transformado, para a construção dos pavilhões. Em 1985 foi iniciada a construção de sua piscina, pavilhão da bocha, pavilhão do volei e do futsal, sendo convidados a seleção brasileira de futsal, do Grêmio e do Inter, no volei a Enxuta, Sadia e Pirelli. Em 1988/89 inicia a fase das disputas na natação. Em 1989 o Atlântico sagra-se campeão estadual de bocha. Em 1991/92 aparecem as canchas de tênis.
Em 25.05.1991 é implodido seu velho estádio com uma assistência de público idêntica aos melhores jogos de futebol.
1995, campeão gaúcho de voleibol feminino.
Em 1999, o Atlântico aventura-se, novamente, no futebol, agora porém no futsal.
No ano de 2000, o departamento de bocha feminino conquista o título estadual.
Fotos: O Nacional - Passo Fundo.

sexta-feira, outubro 21, 2011

quarta-feira, outubro 19, 2011

Giruá

INÍCIO DO INTERBAIRROS DE FUTSAL DE 2011.

DIA 20, INICIA A MAIOR COMPETIÇÃO DO MUNÍCIPIO, QUANDO 42 EQUIPES SE FARÃO PRESENTES, ÀS 19 HORAS NO GINÁSIO MUNICIPAL ELIAS SAFFI, APRESENTANDO-SE NA ABERTURA DESSA COMPETIÇÃO. A CADA EQUIPE PRESENTE, DESTINAR-SE-Á 3 PONTOS; AOS AUSENTES, INICIARÃO A COMPETIÇÃO COM ZERO PONTO.

PROGRAMAÇÃO DO DIA 20:

19,00 H. - APRESENTAÇÃO DE TODAS AS EQUIPES PARTICIPANTES;
19,40 H. - B.LEIMANN X B.SEGER - CATEGORIA PRÉ-MIRIM
20,10 H. - B.MORADA DO SOL X B.NOVA - CATEGORIA JUVENIL
21,00 H. - AMISTOSO INTER-ESTADUAL ENTRE O ATUAL CAMPEÃO DA EDIÇÃO DE 2010,
O BAIRRO MORADA DO SOL X ATLÂNTICO DE ERECHIM.
INGRESSO: 1 KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL.

PROGRAMAÇÃO DO DIA 21:

19,00 H.- SAFFI X POSTO MERCOSUL - CAT.MIRIM
19,30 H. - B.SANTA FÉ X CEGIL - INFANTIL
20,10 H. - ME/POSTO MARCOS X B.HORTÊNCIO PA - INFANTIL
20,50 H. - B.HORTÊNCIO ME X B.SÃO JOSÉ/L.BECKER - SÉRIE PRATA
21,50 H. - B.ZIMPEL X B.CANOVA/L.BECKER - SÉRIE OURO

Colaboração: MILTON HARVEY SCHWERZ

terça-feira, outubro 18, 2011

Giruá

Márcio Silva deixa a Terra dos Butiazais.

Alguns dias atrás o Milton H. Schwerz alertou-me sobre a saída do Márcio Silva da cidade de Giruá. Márcio foi responsável por projetar o esporte naquele município, via Rádio Giruá AM, através dos programas esportivos e transmissões de jogos, que o fazia muito bem e do seu Blog sobre esportes.


Sábado, foi a apresentação do último programa Giruá Esportes pela Rádio Giruá, com estas palavras: “Agradeço a todos que participaram dos quase 10 anos de jornadas radiofônicas no nosso município. Me despeço com o coração lacrimejando, mas com a certeza de que tentei fazer um bom trabalho! Foi muito bom o quando durou... Deixo aqui um grande abraço e muito obrigado, a todos que fizeram parte de minha história em Giruá! “


Ao Márcio sucesso na nova atividade, que conquistastes através de sua seriedade e do trabalho. Valeu!

sábado, outubro 15, 2011

ASTROS DA TERRA


MARCELO BARON POLANZICK


Jogou em dois times em Santa Rosa: o Colégio Santa Rosa de Lima (Liminha), Colégio D.Bosco e no Flamengo da Linha 7 de Setembro, em Guarani das Missões.

Atendendo um convite de Colovini, que havia jogado no Internacional, fez testes com 15 anos, sendo aprovado e ficou morando no próprio Clube. Quem o aprovou no teste foi Abílio dos Reis.

Jogou 3 anos no amador e l ano no profissional. Três ou 4 jogos em 1993, ano ruim.

Emprestado paras a Chapecoense, depois para o Santa Cruz de Santa Cruz. Emprestado pelo Internacional para um clube do Japão por 1 ano. Voltou para o Japão, onde ficou de 1998 a 2006.

Perguntado se há diferenças da preparação feita no Brasil disse:

- Treinamento em turno único por duas horas e meia a três horas. Não havia coletivos.

Exercitavam posse de bola em campo reduzido, com jogadas ensaiadas.

Voltou à sua terra, Santa Rosa, onde é coordenador da categoria de base do Juventus. Em 2010 foi treinador do time principal.

Tem um restaurante o Rockets Café Bar, defronte ao Parcão (Praça 10 de Agosto), na Rua Julio Rauber, nº 11.

Sua esposa chama-se Caroline e as filhas Valentina e Victoria. Marcelo Baron Polanzick, nasceu em 19 de janeiro de l974. Filho de Daniel Oscar Polanzik e Norma Baron Polanzick; Tem como hobbyes caça e pesca.

Lembranças boas os títulos que conquistou quando era amador no Inter, como o Campeonato de Santiago-RS, Taça Romeu Goulart Jacques e o Campeonato Gaúcho de Juniores, bem como o de Campeão Juvenil.

No Japão, foi Campeão da Copa do Imperador.

No Maranhão, no Sampaio Correa foi campeão da serie C e campeão Maranhense.

Foram seus companheiros na base do Internacional: Argel, Anderson, Caíco, Celso Vieira, Lico, Eder e Dirceu.

FATOS & FOTOS ANTIGAS XI

PARTE XI

1 – PREMIO ESSO DE REPORTAGEM CARLOS KOLECZA



CARLOS KOLECZA, jornalista com destacada atuação na imprensa do Rio Grande do Sul, Premio Esso de Reportagem, humilde como ele, na sua juventude enganava como goleiro no campo da Tuna, na saída velha para Santo Cristo, campinho berço do Sepé Tiarajú.

As traves laterais eram demarcadas por chinelo, gorro, camisa ou o que fizesse às vezes de tal.

Tinha a intenção de tornar-se um ídolo na posição. Torcedor fanático do Flamengo, quando fazia suas defesas, para ele, memoráveis, gritava :

– Agarraaaaaaa Chamooooooorro!!! ou

– Agarraaaaaa Garciaaaaaaaa!!! – que eram os guarda-metas do Mengão, ambos paraguaios.


2 – CELESTE DOS REIS


Logo após a fundação do Juventus, veio trabalhar em Santa Rosa, como gerente do Banco Agrícola Mercantil.

Á convite seu, penso, também chegou Giovani Paternostro, para desempenhar as funções de Tesoureiro.

Orgulhava-se Reis, de ter sido sua cidade, Novo Hamburgo, a terra que lançara Sérgio Moacir Torres Nunes, que, vindo do Floriano, começava a se destacar como goleiro do Grêmio.

Afeiçoaram-se, os dois, pelo Juventus e dali foi um pulo. Admitiram jogadores como Jambalaia, Brasílio, Arante, Diomarte, Bircke e outros para trabalharem no Banco e jogarem no Juventus.

Desempenhou, no clube, as funções de treinador e entendia do assunto, caso raro na época.


3 – JUVENTUS – TORCIDA FEMININA



CHEFE – Ascânio Oscar Buys Pinto

Integrantes: dentre outras,

Claudete, Águeda e Negra Araujo.

Evinha, Lisete, Neiva Hofmann,

Maria Carmen Acioli e Laís Albrecht


4 – JUVENTUS – HINO DA TORCIDA FEMININA


Verde e rubro pendão tão bonito

Te saúdam os teus torcedores

As mulheres te cobrem de flores

E a tua torcida é um só grito...

Juventus meu time querido

Juventus tuas cores seduzem

E o nosso grito de guerra

É Deus no céu

E o Juventus na terra.

(baseado no Hino do Roque de São Luiz Gonzaga)


5 – GURIZADA NA ZONA

Como se sabe na época de 50, a gurizada atravessava a cidade, para treinar no campo do Pessegueiro.

No trajeto passava-se na frente de um cabaré.

O piazedo ia se espiando, espreitando, aguçando seu sentido de curiosidade.

As “moças” não se lhes apareciam, a não ser uma que outra, desavisada à janela.

Nada se descobria; a ilusão desaparecia e esperava-se uma próxima oportunidade, num novo treino.

Já como adultos foram sabedores que, a não exposição delas era determinada pela dona Garzona, a pedido dos respectivos pais dos garotos para que não se atirassem cedo nas garras da luxúria.


6 – NENÊ CANHA


Atuou por aqui, Santo Ângelo, e Três de Maio, um bom meia cancha, que tinha, por motivos óbvios, o apelido de Nenê Canha.

Na capital missioneira, jogara com LAMBARI, no Tamoio.

Saindo da terra, LAMBARI jogou em Rio Grande, de onde se transferiu ao Internacional.

No colorado, foi autor do primeiro gol do Internacional contra o Corinthians, em São Paulo, sendo, por isso, a chuteira que usara para tal, selecionada como um troféu e lá está para quem quiser ver no Museu do clube.

Estando em Porto Alegre Nenê Canha foi aos Eucaliptos, ver se arranjava uma grana com seu ex-colega.

Encontrei-o nas cercanias do Estádio, deitado ao chão, já em estado etílico.

Reconheceu-me e depois de pedir algo, destratou ao Lambari, dizendo: esse fdp negou-se a me socorrer não reconhecendo que, graças a mim, aprendeu a jogar bola!


7 – PELAS PLATIBANDAS

Colaboração PHF

O Dr. Monte Alvar – legenda do Paladino F. C. – decidiu, por indicação de Vado, um atacante do Clube, contratar Arthur da Silva Ribas, popular Caieira, ex-jogador do Nacional de Cruz Alta, para treinar o “colorado santa-rosense”. Caieira, que logo se popularizou em Santa Rosa, exercia liderança eficiente ante os “boleiros” do Clube e granjeou logo a simpatia da torcida.

Na sua estréia, fez um “h”:

– Não tenho nada a esconder, os amigos da imprensa estão convidados para assistir a minha “preleição, antes da partida”.

Lá foram Paulo Araújo, Pedro Comaru, Geová Müller, Francisco Delmar... E eu.

Caieira, sem cerimônia, distribuiu as camisetas e falou, alto e bom som:

– É aquilo que já eu expliquei nos treinos: vamos sentar os baques e arrecuar os alfes; fechado para não levar – quem abre, toma. Quando tivermos a bola, vamos atacar pelas platibandas e cruzar para o mosquedo - no entrevero é que morre gente. Em úrtima análise: cada um agarrra seu homem e bola pra frente. Seja o que Deus quiser!

– Seu Arthur – indagou Mido, que também é cruz-altense – se chover, seu Arthur, é o mesmo jogo:

– Aí, vamos fazer como em Cruz Alta.

Comaru, atento, esclarecendo:

– Caieira, para bem informar aos ouvintes da rádio: como o Sr. fazia em Cruz Alta, quando chovia?

– Nada, deixava chover e jogava o mesmo futebol... Boa sorte pra todos, moçada!


8 – SEM NÓIS, ELES NÃO JOGA!

Colaboração PHF

O Internacional, de Porto Alegre, à época campeão estadual, foi cumprir uma apresentação amistosa, em Santa Rosa, em comemoração ao aniversário do Paladino. Era eu, então, cônsul do S. C. Internacional, no município. Empenhei-me em ajustar condições razoáveis para que o Paladino pudesse promover o amistoso e lucrar alguns. Antes do jogo, houve um ligeiro tumulto frente ao Estádio (estudantes, que reivindicavam a meia entrada, impediam os torcedores de entrarem no estádio), que o Dr. juiz de direito e uns policiais resolveram, garantindo o direito dos estudantes. O Dr. Gildo Russowski, que chefiava a delegação do Inter, apelou-me para que a partida não atrasasse, pois o avião só poderia decolar, de retorno a P. Alegre, até às 18;25 horas. Fui, com Zeferino Soares (“quem não é do Paladino, é contra o Paladino”) ao vestiário (ou vestuário, como dizia Caieira) e instei o treinador a botar o time em campo, onde já batia bola o Inter.

Caieira, tranquilamente, respondeu-me:

– Calma, doutor, sem nóis eles não joga.

Depois dos primeiros 45 minutos, Caieira, no vestiário, reclamou:

– Vocês não tão chutando a gol; sem chutar, ninguém vaza.

– Ah, seu Arthur, o Sr. esqueceu que Gainete é goleiro menos vazado do Brasil?

– Não cheje bobo! É só chegar de cima e chutar forte, rasteiro, no canto, vamos ver se ele pega!!??


9 – SEM SOTAQUE



Caieira, ao telefone:

– Alô, é o Dr. Monte?

– Alô, aqui é Monte Alvar; fala Caieira.

– Dr., ta tudo bem, o pessoal tá concentrado, tudo bem mesmo.

– Sim e aí?

– Mas tem um poblema, doutor...

– Problema? Que problema? Então, não está tudo bem.

– Coisa pouca, doutor; a tevê que o Waldemar Zenni trouxe para a concentração não está bem.

– É? Qual é o problema?

– O aparelho tem semblante, mas não tem sotaque.

Waldemar Zenni, depois, explicou que os atletas não “eram mansos” de comando do volume de som.


10 – COM “INGNORANTE”, NÃO DÁ!

Colaboração PHF

Véspera de clássico, Caieira, olha atento, para um quadro negro, na parede externa do Café Central e reclama:

- Maraschin, deveria escrever o que eu falei, mas não adianta, eu digo uma coisa e ele escreve outra.

– Qual é o problema Caieira? O escrito está muito claro: “Atenção, treino do Paladino, apronto, 16 horas.”

– Pois é, eu falei que o treino tava marcado para as 4 horas da tarde... Ele mudou tudo, depois os atletas, não todos, mas alguns menos ingnorantes não vão saber a hora certa e fartarão ao treino, ou chegarão atrasados... Isso não é bom para a disciprina.

sábado, outubro 01, 2011

ASTROS DA TERRA

JAIME CODINOTTI

(Depoimento de seu irmão Major Wilson Codinotti)

“O Jaime serviu ao Exército em Santa Rosa e jogava no Paladino. Caracterizava-se mais pela força. Era um jogador forte, atuava de half direito. Normalmente o ponteiro esquerdo não passava mesmo.

Seguiu os passos de se irmão - Osmar - o Alma de Gato - e mandou-se para Cruz Alta, onde fez parte das equipes do Nacional e Guarany. De Cruz Alta, foi para Porto Alegre onde jogou no Nacional com Pinga e Ortunho. Acompanhou o ferrinho, enxertado com Tesourinha em uma excursão a S. Paulo, onde se destacou.

Na volta atuaram no Paraná. Contraiu uma hepatite. Voltou a Santa Rosa, para tratamento.” Naquele tempo a medicina tava meio devagar”. Tratou-se com o Dr. Lang ou Cecconi. Depois que sarou voltou a Cruz Alta, contratado pelo Nacional.

A exemplo de seu irmão também fez um ping pong atuando dois anos no Gurany, dois anos no Nacional. “ Por não se ter recuperado da doença essa fez uma recidiva e o levou mais cedo do convívio dos seus amigos e afetos.

OSMAR CODINOTTI

Osmar Codinotti – ALGA DE GATO - filho de Archimedes e Isolina Codinotti. Quando concluiu o primário não havia nem ginásio em Santa Rosa. Foi para Cruz Alta a fim de continuar seus estudos. Estudou no colégio Cristo Redentor.

Cresceu rapidamente e como jogava em várias posições, com o mesmo brilho apelidaram-no de Alma de Gato. Center half, Center foward e back Center. Despontou no Clube Piratini dos irmãos maristas em Cruz Alta. Jogava com os conterrâneos Noly Joner, Antoninho Viana e Clovis Soares.

Nas férias, juntamente com Antoninho Viana, Avelino Lavarda e Arthur de Carli, atuava no Uruguay Futebol Clube. Grande era a rivalidade com o Oriental de Três de Maio. Os jogos eram no atual cemitério. Acabada a pugna, as mulheres torcedoras de ambos os clubes terminavam se surrando, de sombrinhas.

Aos 16 anos, com Leque, Zorzan, Arthur De Carli, Avelino Lavarda, assombrou jogando pelo Uruguay, quando da primeira vez, em Santo Angelo. Naquele tempo o jogador de futebol não tinha valor nenhum. Teve proposta do Internacional e do Grêmio.

Chegou a receber uma carta de recomendação do Sr. Zeferino Soares, para teste no colorado. Teve convites do Vasco, Flamengo e América do Rio, mas nunca aceitou. A mãe não deixava. Concluiu o Cientifico e iria para o Vasco ou para o América.

Chegam, no Nacional, a lhe oferecer um salário de trezentos mil reis e a possibilidade de um emprego no IAPETEC. Submeteram-no a um teste para auferir seu conhecimento. Gabaritou, pois já tinha o Cientifico.

Mandaram a prova para o Rio em 8 ou 12 dias, veio a nomeação. Assim, esquecendo-se de Porto Alegre, ficou em Cruz Alta onde consolidou sua carreira. Jogava ora no Nacional, ora no Guarany, como num jogo de ping-pong. Se ele fosse desta época com toda essa estrutura, médicos, fisioterapeutas, seria destaque, com certeza.Jogava muito desde pequeno.

Foi contratado pelo Dr. Aécio Nascimento, presidente do Nacional, assessorado pelo Dr. Ércio Morais. Chegou a exercer a gerencia regional da previdência. Teve por intermédio de correspondência recebida por João Macluff, correspondente do Banco do Rio Grande do Sul, convites para testes no Grêmio e Inter, pelo prazo de 15 dias.

Era um jogador completo. Dominava a bola na cabeça, trazia para o peito e para os pés. Era ambidestro e com um chute muito violento.

Por sua atuação num jogo contra o Atlântico de Erechim, no qual marcou dois gols de fora da área, as chuteiras que usou estão na Galeria do Nacional de Cruz Alta. Optou por ficar no Rio Grande do Sul.




FATOS & FOTOS ANTIGAS X



PARTE X

1 . HILÁRIO ZENNI

Meu primo Hilário Zenni que foi auxiliar de seu pai no Armazém Luiz Zenni, tentou refundar o Uruguai Futebol Clube. Jogou no Paladino, enredou pelos caminhos da política no PTB (da época), foi diretor da Radio Sulina, quando da aquisição desta, por sua grei partidária.

Candidato, várias vezes a cargo público, em determinada campanha eleitoral, como seus oponentes não fossem da terra, cunhou a expressão: - esse é filho de Santa Rosa!

Seus adversários ornaram um burro, na frente da casa do candidato, com a frase: este também é filho de Santa Rosa.

A história pegou e infelizmente, pra ele, não teve sucesso no resultado do pleito.

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2 .PEDRO MULITA


Se bem me lembro, Mulita deu seus primeiros passos no futebol, como menino, na companhia de outros “craques”, Ruy, Adãozinho, Romalino, num campinho de terra nos fundos do Grupo Escolar Visconde de Cairú, na cidade baixa, quando esse ainda não era “visconde”.

Cidadão mais que conhecido e, mesmo folclórico por suas historias e tiradas, era amigo de todo o mundo – uma espécie de guarda-costas de seus afetos - e como tal, jogou em todos os times de Santa Rosa. Também foi treinador. Terminou seus dias, segundo sei como, “motorista de praça”.

Seus amigos - e são tantos - ainda devem sentir saudade e a falta que o Mulita faz!

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3 - FAMILIA CAPELLARI

Os Capellari, fizeram historia no futebol de Santa Rosa. No Paladino, Nino, Zé, Nego, Nilson. Sadi e Luiz, primeiramente, no Juventus.

O pai deles era tão fã deste último que, nos primórdios do Pessegueiro, quando ainda não havia nem corrimão e nem alambrado, empoleirava-se, numa árvore e passava o tempo todo torcendo, pelo SAPO,que era como o chamava o Luiz, por apelido caseiro.

- Passa para o Sapo; chuta, Sapo; corre, Sapo e assim até o fim da partida.

Também jogaram, Nercy e Nery, este, seguramente, o melhor de todos.

Estando em Porto Alegre, para fazer um curso, quando militar, Nery chegou, juntamente com o Plínio Tonel, a receber convite para atuar no São José.

4 – LOTÁRIO


O Paladino sempre foi servido por bons zagueiros centrais, tais como Décio Zoehler, Ernani Kotlinski, Joel Bragança e Lothar Dreher. Este um dos mais vigorosos e dedicados.

Por causa de seu vigor físico e por não perder viagem foi brindado com alcunha, entre verdadeira e jocosa, de PATROLA.

Nas divididas, não perdia uma, levando tudo por diante.

Hoje, reside em Cruz Alta onde continua fazendo amigos na galeteria O PORÃO.

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5 – JUIZES IMPORTADOS

Como toda a cidade grande que se preze, Santa Rosa não poderia ser diferente.

Graças ao acirramento dos ânimos com as arbitragens dos “juízes” da terra, tomaram-se providencias para que, os clássicos fossem apitados por “referees” de fora.

Assim, aqui, estiveram ZIMERMAN E COPETTI, ambos de Santo Ângelo, numa homenagem, talvez, as colônias alemã e italiana, predominantes no municipio.

Como, quiçá não agradassem, importou-se, de Cruz Alta, EPAMINONDAS, nome de origem grego cujo significado é O MELHOR. Foi bom?

6 – O COBRADOR DE PENALTI

Houve, em Santa Rosa uma das mais importantes empresas ligadas à comercialização da soja. Chamava-se Floresta S.A. e tinha como expoentes JOÃO HOFFMANN e LEONISIO GRANDO.

Importado como contabilista, aqui chegou, vindo de Sant’Ana do Livramento JOEL ITAVERNU BARRETO DE BRAGANÇA, que havia atuado no 14 de Julho.

Com sua sabida experiência logo se enturmou no Paladino e conseguiu ser um dos destaques. Jogava como ponta de lança ou de zagueiro central.

Houve um pênalti a favor. Se o gol fosse convertido o Paladino alcançaria o título.

Os batedores oficiais eram Chico Queiroz e Charles. Estes se entreolharam, como a dizer - quem bate?

Joel agarrou a bola, colocou-a na marca da cal, dizendo – é tudo comigo!

Desperdiçou a cobrança, o titulo não veio e ele, para continuar jogando, formou o Floresta F.C. onde, os cobras eram o próprio Joel, Carlinhos Hoffmann e Bernardo Elisalde, o Sargento CAMANGA.

Joel Bragança ainda jovem, foi guindado a condição de titular do 14 de Julho de Livramento, cidade onde nasceu e, como se sabe faz divisa com Rivera na fronteira com o Uruguai. Aqui jogou no Paladino e Floresta.

É comum os fronteiriços incorporarem à sua linguagem expressões “castelhanas”. Alegre e expansivo tinha sempre um papo animado.

Quando alguém contava algo que deveria ter merecido atenção anterior, dizia, - “ ora se me hubieras dicho antes”, o que traduzindo, seria - se me houvesses falado antes....


7 - PALMEIRINHA


Na esquina da Avenida Rio Branco com Av. América (?) junto à Casa Lavarda, o Grupo Escolar Visconde de Cairú e a Tipografia Kunde, havia um campinho meio irregular, mas, a preceito para a piasada da época praticar o esporte bretão.

Varias gerações de craques pó ali passaram.

Mas a minha memória registra que, lá pelas tantas o Carlos Fernando Westfhalen Santos, se adonou do pedaço. (Depois o Banco fez-se proprietário do todo.) Era dono da bola e das camisetas do Palmerinha.

Assim, jogava sempre e tinha a regalia de escolher os craques para a formação de sua equipe.

8 . ANTONINHO VIANNA


Antoninho Viana, ainda muito jovem, integrou o time do Uruguay, já nos estertores, deste. Pela memória do escriba o Uruguai usava camisetas azuis e calção preto, fardamento que lembrava o do Grêmio, e nós em casa, não usávamos jamais, cores que poderiam lembrar o rival Internacional.

Voltando a Santa Rosa, Antoninho Viana – sabidamente gremista, foi jogar no Paladino, cujo fardamento era calções brancos e camisa vermelha.

Foi então interpelado: - como, se sendo gremista poderia usar o uniforme do co-irmão?

A rivalidade Gre-Nal, por certo não é fato atual!


9 . BIBELÔ


Foi guindada ao time principal do Paladino uma promessa auspiciosa.

Já jogava como titular no time, seu irmão um meia- esquerda brilhante, dos melhores jogadores da cidade, cuja característica principal era fazer gols, de virada.

Paparicado por seus companheiros de clube, vestia-se, impecavelmente, mas ao primeiro “chega pra lá” atirava-se ao solo pretextando falta e era socorrido por seus companheiros.

Por isso, recebeu da torcida feminina do Juventus, o apelido de Bibelô!

Quando simulava ter recebido uma falta era castigado, por essa torcida com o grito, em tom de voz afeminada: Bibelôooooooo!


10 . JÚLIO MUSSI DE ANDRADE

Julio foi dos goleiros que, por mais tempo, defenderam a camiseta do Paladino. Simpático e brincalhão.

Uma torcedora do Juventus toda vez que o via, gritava: “frangueirooooo!”

Em determinada partida tirou o seu time nas costas. Ficou sabendo, pelo correspondente da Folha Esportiva, que sua atuação seria enaltecida no jornal de segunda-feira.

A banca de jornais e revistas ficava na esquina da praça, junto à Prefeitura e ao Café Central. Os leitores eram avisados da chegada de jornais por um toque de sirene feito pelo Sr. Fragoso, proprietário do “stand”.

Nesse dia Julio estava no centro da cidade, à espera do aviso. Teve o azar de se avistado pela torcedora do Juventus, que teria dito: só porque jogou bem uma partida pensas que vais sair no jornal? Envergonhado, afastou-se de local e quando foi adquirir a Folha, a edição se tinha esgotado. Não conseguiu sorver o gosto de celebridade!